segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Polícia vistoria delegacia do Rio e apura denúncia de propina

Policiais civis realizam na manhã desta segunda-feira buscas na sede da Draco (Delegacia de Repressão ao Crime Organizado) na tentativa de encontrar documentos que comprovem que policiais da unidade receberam propina de empresários para deixar de investigar possíveis fraudes em licitação.

A delegacia está fechada desde a noite de ontem, a mando do chefe da Polícia Civil, Allan Turnowski. A operação de hoje é um complemento da "Operação Guilhotina", deflagrada na última sexta-feira (11), e que prendeu 38 pessoas, dos quais 20 são policiais militares e 10, policiais civis.

O delegado titular da Draco, Claudio Ferraz, chegou a delegacia por volta das 8h40 de hoje. "Não foi surpresa. Eu sabia da investigação há alguns dias. A surpresa foi a forma como ocorreu", afirmou Claudio.
O delegado estava reunido com o corregedor interno da Polícia Civil, Gilson Hemiliano Soares, por volta das 10h10.

OPERAÇÃO

A Polícia Federal afirmou ontem que alguns dos 45 acusados na Operação Guilhotina chegaram a movimentar até R$ 50 mil por dia em suas contas bancárias.

Os policiais são acusados de participação em quatro organizações criminosas. Eles apreendiam armas em favelas e, depois, as vendiam a traficantes rivais. Em outra frente, cobravam R$ 100 mil para informar criminosos sobre operações policiais. Também estavam envolvidos com uma milícia em Ramos (zona norte), que extorquia moradores em troca de 'segurança'. E davam proteção a casas de jogos.

A PF apresentou ontem parte das armas apreendidas na operação --duas carabinas 38, dois fuzis 556, sete pistolas, um revólver, 12 rádios de comunicação, e 4.000 a 5.000 balas, a maior parte apreendida na 22ª Delegacia de Polícia, na Penha. Foram apreendidos ainda R$ 60 mil e 700 euros.

O delegado federal Allan Dias, que comanda a operação, disse a que investigação continua e pode haver mais pedidos de prisão.



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