quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Policiais e Bombeiros em greve invadem Assembléia do Maranhão

Cerca de mil policiais militares e bombeiros do Maranhão invadiram na noite de quarta-feira a Assembleia Legislativa do Estado após as categorias decretarem greve por tempo indeterminado. Os militares pretendem ficar acampados na sede do Legislativo até que sejam atendidas suas reivindicações, dentre elas aumento salarial de 30%. A ideia é pressionar os deputados para que não aprovem o orçamento do estado para 2012, sem que esteja previsto os recursos que garantam o aumento de toda a categoria.

O clima entre os policiais é tenso e foi acirrado com um campanha veiculada na TV, onde o governo afirma que quem gosta de greve é bandido.

- Bandido não somos nós, mas quem mete a mão no nosso bolso e não paga salário digno ao policial militar - disse o soldado Leite, um dos líderes do movimento.

Prevendo a greve, a governadora Roseana Sarney conseguiu que Ministério da Justiça enviasse ao Maranhão 200 homens da Força Nacional, que já se encontram em São Luís para garantir o mínimo de segurança no estado.

Logo após a decretação da greve, houve rebelião na delegacia do município de Pinheiro, e início de tumultos nos presídios de Imperatriz e São Luís.

A greve dos policiais foi anunciada no último dia 8, quando vice-governador Washington Luís (PT), substituindo Roseana Sarney no exercício da governadoria, fez um acordo com os militares na presença do presidente da Assembleia Legislativa, Arnaldo Melo, e do Tribunal de Justiça Jamil Gedeon, suspendendo o movimento com a promessa de atender às principais reivindicações da categoria.

Ao reassumir o cargo, Roseana decidiu que a política salarial de policiais e bombeiros militares seguirá no bojo de um projeto geral para todo o funcionalismo, a ser encaminhado à Assembleia até o início do ano que vem.

- Só porque ela é filha de Sarney se sente acima dos três poderes e desrespeitou a todos, em especial ao seu vice e a Assembleia Legislativa, que costurou o acordo - protestou o soldado Leite.

O líder do governo na Assembleia, deputado Manoel Ribeiro (PTB) que propusera o dia 23 como data para o acordo, dizendo até que caso ele não fosse cumprido iria para frente do movimento defender os interesses dos militares, viajou na terça-feira para Portugal.

Fonte: Agência O GLOBO

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